O mercado de trabalho precisou se adequar rapidamente as mudanças geradas pela pandemia do novo coronavírus em 2020. A partir de agora, a tendência é que o local de trabalho se transforme em um espaço muito mais flexível. Ou seja, a tendência de escritórios em qualquer lugar deve continuar mesmo em um “pós-pandemia”.
O iFood, por exemplo, está se programando par adotar um modelo mesclado, isso significa um sistema livre. Basicamente, o funcionário poderá optar onde será melhor realizaras suas atividades, alinhado com a sua equipe.
Gustavo Vitti, vice-presidente de People no iFood, detalhou os planos da empresa durante a live da série Fronteiras Digitais, promovida por Época NEGÓCIOS e Vivo, com o tema “O futuro do trabalho será em qualquer lugar?”.
Adaptações nas relações de trabalho
Ele também destacou um estudo feito pelo Linkedin, que revelou que os profissionais estão trabalhando, cerca de 28 horas a mais por semana. E quando a situação começa a se agravar devido a um choque de ideias com as equipes divergindo entre escritórios físicos e o home office.
O diretor geral do LinkedIn na América Latina, Milton Beck, prevê que após essa fase, o escritório corporativo deve convergir para um ambiente hibrido.
“Uma solução 100% digital, via conferência o tempo todo, é muito difícil ter uma cultura corporativa. Passada a pandemia acho que vamos para um modelo mais híbrido. Acho que os RHs estão tendo muita dificuldade em manter cultura. Isso falando de empresas já com DNA digital como as que temos aqui hoje. Acho que isso aqui é uma coisa temporária, que caminha para algo diferente, mas não tenho a ilusão de que vamos ficar no digital total sem encontros. Faz falta o encontro”, analisou o executivo.
No começo da quarentena, as empresas se esforçaram para achar maneiras de manter os vínculos entre as pessoas de maneira virtual. Ao mesmo tempo, os executivos estavam muito concentrado na produtividade. Com o passar do tempo, as reuniões se tornaram cada vez mais longas e menos produtivas.
Escritórios em qualquer lugar
O vice-presidente do iFood no Brasil pontuou que o aumento do trabalho remoto permitiu a contratação de profissionais fora do eixo Rio-São Paulo, oferecendo muito mais diversidade ao quadro da empresa. No entanto, ele também frisou que a empresa também precisou lançar algumas regras para o home office.
Além disso, Vitti prevê que o escritório não será mais uma realidade para todo mundo, como o home office pode não ser algo permanente.
“Tem que achar o modelo de trabalho que funciona para o colaborador, para a empresa e para aquela equipe. Estamos testando muita coisa, como trabalho remoto com encontros por uma semana em um coworking, no escritório da empresa ou até mesmo na praia”.