Na metade deste ano, a Apple divulgou que os aplicativos necessitariam ter que solicitar autorização aos usuários antes de efetuar qualquer tipo de rastreamento. Isso não evitaria que as companhia tivessem acesso a dados pessoais, só que precisariam ser transparentes e perguntar previamente.

A empresa tomou inúmeras represálias e a mais significativa veio do Facebook, que utilizou dois anúncios de página inteira em veículos de comunicação de enorme circulação para frisar que a ação da Apple poderia comprometer as pequenas empresas e era um risco a internet livre.

O especialista em inteligência emocional e colunista de tecnologia da Inc., Jason Aten analisou a resposta de Tim Cook, presidente da Apple, ao Facebook, como um verdadeiro exemplo de inteligência emocional para todos os empreendedores do planeta.

Conforme matéria do Pequenas Empresas e Grandes Negócios, a inteligência emocional é a possibilidade de identificar a sua reação a alguma coisa, analisar os pensamentos que o conduziram a essas emoções e fazer escolhas intencionais sobre como agir a partir disso.

Profissionais com baixa inteligência emocional costumam atropelar essa fase e agem somente baseados em suas emoções, gerando problemas, na maioria das vezes. Além disso, usar a inteligência emocional se torna ainda mais complicado quando a sua companhia está sendo bombardeada mundialmente.

Resposta de Tim Cook as provocações do Facebook

Cook não se apelou a uma resposta padrão e tampouco respondeu pela conta corporativa da Apple. Ele utilizou o seu próprio perfil nas redes social, para esclarecer de maneira simples e breve, que a rede social de Mark Zuckerberg poderia seguir com a sua prática desde que os usuários autorizassem.

“Acreditamos que os usuários devem ter escolha sobre os dados que estão sendo coletados sobre eles e como são usados. O Facebook pode continuar a rastrear usuários em aplicativos e sites como antes. A transparência de rastreamento de aplicativos no iOS 14 exigirá apenas que eles peçam sua permissão primeiro”, escreveu.

Segundo a matéria da Pequenas Empresas, a mensagem foi uma evolução até mesmo para Cook, que tende a ser bem reservado em seus pronunciamentos. No seu perfil nas redes, ele prefere somente compartilhar novidades sobre a empresa do que qualquer tipo de opinião.

A resposta não trouxe qualquer tipo de acusação contra o Facebook ou o próprio Zuckerberg. Ele somente explicou pessoalmente, pontuou porque a Apple estava adotando aquelas medidas e mostrou como o assunto também é relevante para os usuários. Ou seja, algo que todo gestor deve tomar como exemplo quando estiver em um cenário parecido.