Os espaços para coworking reúnem profissionais debaixo do mesmo teto, onde podem se beneficiar do compartilhamento de ideias, custos e outros serviços. No entanto, a pandemia do novo coronavírus acabou afetando esse segmento no Brasil e em outras partes do mundo.
A pandemia, todavia, pode estar moldando os espaços de coworking e usos semelhantes, como incubadoras – muitas vezes abertas 24 horas por dia, 7 dias por semana para uso dos membros – em uma posição melhor depois que a crise de saúde estiver totalmente sob controle.
Há alguns fatores para acreditar nisso, dizem os especialistas da indústria conforme reportagem recente do Worcester Business Journal. Alguns profissionais descobriram que poderiam ter mais tempo livre com horário flexível do que em um sistema tradicional de trabalho. Outros, forçados a mudar de carreira, estão procurando por um local pequeno e acessível para empreender.
Além disso, inúmeras empresas no país e no exterior optaram ou deverão optar por não conceder aluguéis de escritórios e, em vez disso, aderir a um espaço de coworking para reuniões ocasionais de funcionários. Lembrando que a demanda por esses escritórios oscilou no decorrer da pandemia, alterando entre momentos de queda e aumento nas procuras.
Todavia, o período que antecedeu essa pandemia representou uma verdadeira ascensão no setor de coworking e para as startups. Afinal, muitos profissionais e empreendedores resolveram aderir a essa tendência conforme a economia de custos de compartilhamento de espaço e equipamento se tornou aparente, bem como os benefícios intangíveis de ter pessoas compartilhando know-how e ideias umas com as outras.
Perspectivas para o setor de coworking
Hoje em dia, esses ambientes estão sujeitos as normas estaduais e municipais que pode restringir ou impor algumas condições para o seu funcionamento no dia a dia. Ainda segundo matéria do WBJ, um estudo do Research and Markets projetou em junho passado que o mercado de coworking encolheria em 2020 quase 13%, mas depois se recuperaria a uma taxa de crescimento anualizada de 11,8% até 2023.
O fato é que a pandemia ainda não está controlada devidamente no Brasil e em tantas outras partes do mundo mesmo com o início do processo de vacinação. No entanto, esses ambientes já estão contemplando possibilidades de recuperando para um futuro pós-pandemia com as pessoas voltando a compartilhar espaços de maneira mais próxima e sem receio.
Enquanto o mercado de coworking pode ser uma alternativa para recuperar o desempenho dos funcionários de maneira gradual, segura e restrita. Como assim? Algumas empresas estão notando a queda na produtividade desde que os colaboradores precisaram alongaram o trabalho remoto e perderam a capacidade de interagir e colaborar uns com os outros.
Em outros casos, os empregadores que atualmente não têm escritórios precisam de um local para treinar novos trabalhadores. Ou seja, esses ambientes podem oferecer pequenos postos, respeitando todos os protocolos sanitários locais, onde os trabalhadores possam se reunir em grupos menores ou até mesmo de maneira individual para não ficar apenas restrito a trabalhar de sua casa.