O dia 19 de novembro é de vital importância para milhares de mulheres que movimentam os negócios no Brasil e no exterior, uma vez que é celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Para marcar a data, o Facebook apresenta o projeto programa Reinventar para Permanecer, um evento completamente digital e gratuito.
O Reinventar para Permanecer possui acordos de colaboração com organizações e empreendimentos famosos por trabalhar pela inclusão qualitativa das mulheres, como como Sebrae, Feira Preta, Think Olga Maternativa, Women’s Music Event, Remix Social Ideas e Mary Kay.
Desafios com a pandemia
A diretora de Marketing para Negócios do Facebook, Débora Nitta, frisou que, no decorrer de 2020 com a situação da pandemia, mulheres empreendedores estão enfrentando muitas complicações no dia a dia.
“[Como] tocar o dia a dia de seus negócios aos cuidados com a casa, os filhos e até mesmo com outros familiares que precisem de ajuda. No evento do #ElaFazHistoria queremos reunir essas mulheres para compartilhar experiências e conhecimento que as ajudem a seguir em frente, além de refletir e celebrar todas elas que movimentam e inspiram os negócios no Brasil”, explicou. O programa faz parte do Facebook #, que já existe há quase cinco anos.
De acordo com Pesquisa sobre Igualdade de Gênero em Casa (Survey on Gender Equality at Home Report), levantamento global do Facebook em parceria com o Banco Mundial, ONU Mulheres, Ladysmith e EqualMeasures2030, mais da metade dos participantes apontou um crescimento no tempo usado com tarefas domesticas desde o começo da pandemia em comparação com antes.
Desigualdade
Sendo assim, a desigualdade se confirmou novamente: 59% das mulheres ouvidas afirmou esse crescimento, contra 44% do público masculino.
“O ano de 2020 tem sido muito desafiador para todos, mais especialmente para as mulheres – e para as mulheres negras e indígenas. A verdade é que esse período aumentou ainda mais as desigualdades e os obstáculos que já eram impostos a elas. Os negócios e fontes de renda das mulheres estão mais vulneráveis e toda a sociedade precisa assumir um papel ativo para mudar esta realidade”, argumentou Débora Nitta.
Conforme a diretoria, a pesquisa do Instituto ID_BR, realizada no começo da pandemia, indicou que 80% das empreendedoras negras não contavam com reservas econômicas para dar continuidade aos negócios em momentos de turbulência, como os fechamentos e bloqueios.
“Diante desses obstáculos financeiros e emocionais, que se intensificaram com a pandemia, é essencial criar uma rede de apoio entre mulheres, estabelecer conexões que criem possibilidades de continuar e de permanecer, pois isso impactará positivamente toda a sociedade”, acrescentou.
Empreendedorismo feminino
A fundadora da Feira Preta, Adriana Barbosa, comandará o programa de mentoria para mulheres negras e indígena que será realizado em duas fases. Em 2020, haverá 2020 vagas para empreendedoras (negras, trans e indígenas) que já tenham algum negócio em andamento – mesmo que ainda não seja formalizado.
No ano que vem, a oportunidade será ampliada para 300 mulheres com quatro encontros semanais virtuais. “Ter um negócio exige entender códigos. Tem várias coisas que um empreendedor precisa saber, tem que se manter atualizado”, ressalta Adriana Barbosa.
Conforme Adriana, a pandemia fez com que o comércio de rua, sobretudo o que era feito nas feirinhas, precisasse se transferir para plataformas digitais. O impacto dessa alteração foi o acesso a tecnologia e o entendimento digital.
“Para romper esses desafios, nós sugerimos que o empreendedor tenha uma atuação em rede, que faça parcerias. No momento que os empreendedores compartilham, estabelecem parcerias. É fundamental o processo de formação, capacitação de, por exemplo, como vender online. Além disso, é importante ter acesso a crédito – seja por meio de crowdfunding ou crédito assistido”, concluiu em entrevista a Agencia Brasil.
