Nesta semana, a Google informou que vai deixar de rastrear o histórico dos internautas para comercializar anúncios. A companhia salientou que está prezando por uma maior privacidade na rede mundial de computador e que para alcançar essa meta achará outras maneiras para fornecer propaganda direcionada aos seus clientes.
Em uma publicação no seu blog oficial, a gigante de internet indicou um estudo do Pew Research Center que aponta que 72% dos usuários percebem que estão sendo monitorados o tempo inteiro quando estão conectados.
Como tinha divulgado no ano passado, a empresa salientou que está parando de dar suporte para cookies de terceiros, que acabam por revelar dados sensíveis e particulares. “Se a publicidade digital não evoluir para atender às crescentes preocupações das pessoas com suas privacidades, arriscamos o futuro da web livre e aberta”, afirmou o comunicado do Google.
Para colocar em prática essa estratégia mais focada em preservar a intimidade dos internautas, o Google frisou que está criando novas soluções e ferramentas. A corporação ponderou que apesar de necessitar manter o balanço financeiro de sua operação de propaganda online, deverão ser priorizadas ativações que rastreiem grupos de usuários com interesses em comum, sem revelar a individualidade de ninguém.
Por exemplo, o navegador Chrome vai iniciar algumas analises públicas com novos modos de publicidades a partir do mês de abril. Esses mecanismos serão aperfeiçoados a partir dos comentários, críticas e sugestões dos usuários, empreendedores e de outras companhias.
“Continuamos comprometidos em preservar um ecossistema vibrante e aberto onde as pessoas podem acessar uma ampla gama de conteúdo com suporte de anúncios com a confiança de que sua privacidade e escolhas serão respeitadas. Estamos ansiosos para trabalhar com outros na indústria neste caminho”, concluiu a nota do Google.
Processos contra o Google
Vale salientar que o Google está sofrendo três processos na justiça nos Estados Unidos por práticas anticompetitivas. Todos tem alguma relação em alguma forma com o poder da empresa no segmento de propaganda online.
Em uma das ações, as autoridades alegam que a corporação estaria mantendo a sua posição de liderança no cenário de buscas virtuais ao abusar do poder em outros setores como o de assistentes de áudios, veículos conectados e propaganda digital.
Todavia, o Google desmente as acusações e afirmou que “as pessoas usam o Google porque querem – não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas”.