As micro e pequenas empresas (MPE) abriram, no último mês de janeiro, quase o dobro do número de trabalho (aproximadamente 195,6 mil) criados pelo segmento no mesmo mês do ano passado (cerca de 103,9 mil).
Desta maneira, pelo sétimo mês seguido, os pequenos empreendimentos seguiram a frente da geração de vagas de trabalho no Brasil. A meta alcançada pelas MPE correspondeu, em janeiro, a, a 75% de todos as 260,3 mil vagas criadas ao longo do mês. Já as Médias e Grandes Empresas (MGE), contaram com um saldo negativo, em 2020, de 2.887 postos de trabalho fechados, para 41,6 mil novos empregos criados em janeiro (cerca de 16% do total).
Ao longo dos últimos seis meses, as pequenas empresas tiveram uma meta total de 1,1 milhão de novas vagas contra 385 mil novos postos de trabalho criados pelas MGE. Em janeiro, os segmentos destacados foram Serviços, Indústria de Transformação e Construção. Esses resultados valem tanto para as MPE quanto para as MGE. A divergência ocorreu no setor do Comércio. Enquanto as MPE apresentaram saldo positivo de 27,4 mil, as médias e grandes tiveram um saldo negativo de 21,3 mil vagas.
Projetos podem incentivar crescimentos das pequenas empresas
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o alcance do Caged de janeiro e o desempenho dos pequenos negócios confirmam a resistência e a relevância dessa área para a economia brasileira. “Em 2020, foram as micro e pequenas empresas que sustentaram o nível de emprego no país. Esse ano não deve ser diferente. Por isso é tão importante a continuidade do trabalho que o governo federal e o Congresso têm feito com o desenvolvimento de novas políticas públicas de apoio ao empreendedorismo”, comentou Melles.
Por isso, o presidente do Sebrae salientou projetos essenciais que estão no Congresso Federal, como a elaboração de um Refis para os pequenos negócios e de uma moratória (parcelamento) dos tributos para os pequenos negócios. “Acreditamos que diante da perda de faturamento provocada pela nova onda de Covid-19, esses empreendedores vão precisar de um fôlego maior para se manterem de pé”, finalizou
Em janeiro deste ano, as cinco unidades da federação que proporcionalmente mais geraram empregos foram Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Roraima e Rio Grande do Norte. Todos esses estados abriram ao menos 17 novas vagas a cada mil postos de trabalho já existentes. Os estados que proporcionalmente menos geraram empregos foram São Paulo, Minas Gerais, Amapá, Rondônia, Rio de Janeiro e Amazonas.
