Os profissionais que atuam em escritórios estão começando a se adequar com os benefícios do home office e esperam que esse sistema siga mesmo em um cenário com a pandemia devidamente controlada. Só que a maioria dos trabalhadores não está pronta para abandonar totalmente a estrutura corporativa, de acordo com um estudo da Jones Lang LaSalle.
Isso porque boa parte dos funcionários almeja continuar trabalhando de sua residência pelo menos em dois dias por semana, segundo um estudo feito pela corretora com a participação de mais de dois mil profissionais no planeta inteiro. Somente 26% quer atuar em home office em sistema integral depois do fim do cenário pandêmico.
“A crise revelou uma necessidade real de abordar a qualidade de vida e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal”, disse por telefone Marie Puybaraud, responsável global de pesquisa da JLL Corporate Solutions ao Money Times.
Sendo assim, a maioria dos colaboradores também deseja que os seus gestores forneçam algum tipo de ajuda para lidar com as necessidade de produzir dentro de casa, como um auxílio especifico, cobertura para gastos com a conta de luz, a banda larga, ferramenta de tecnologia, aquisição de equipamento, entre outros, itens, conforme o estudo.
Já as companhias estão tentando analisar a quantia de espaço físico de que necessitam a medida de que mais trabalhadores se ajustam ao sistema de home office. As ações dos principais proprietários de escritórios desabaram em 2020 em função do crescimento da oferta nos maiores mercados.
Home office é aprovado, mas profissionais querem testar sistema hibrido
Mesmo assim, o engajamento dos profissionais caiu com o alongamento do home office. A maioria das pessoas entrevistadas concorda que o escritório é mais adequado para o trabalho em equipe, enquanto 66% das pessoas ouvidas preferem trabalhar em um sistema hibrido (mesclando ao trabalhar em um período em casa e no escritório da empresa).
“Trabalhar em casa não é uma panaceia, é difícil, traz um conjunto totalmente diferente de estressores”, disse Neil Murray, CEO da JLL Corporate Solutions. “Também há um desejo de voltar a esse senso de comunidade e criatividade do escritório.”