Vendas virtuais ajudam na manutenção de negócios em meio a pandemia

Os pequenos e micro empreendedores do Brasil encontraram uma forma de continuar no mercado com as vendas virtuais. Quase 10% dos que começaram o próprio negócio como MEI em 2019 e seguiram ativos nos últimos meses conseguiram crescer, apontou uma pesquisa realizada por solicitação do Estadão pela Serasa Experian.

O índice de crescimento dos MEIs em 12 meses até março de 2021, 9,1% é superior ao triplo da registrada entre 2017 e 2019, que foi de 2,7%, “Aumentou bastante a fatia de microempreendedores que conseguiram fazer um upgrade de seus negócios por conta do desempenho financeiro muito positivo”, citou o economista Luiz Rabi, responsável pelo estudo.

Para alcançar essa marca, foi analisado o faturamento de 700 mil MEIs entre abril do ano passado e março de 2021 que estavam operando de forma regular. “Empresa morta não foi considerada”, disse o economista. Os empreendedores que foram capazes de evoluir e se tornaram micros ou pequenas empresários ganharam mais que que R$ 81 mil no ano ou R$ 6.750 mensais.

De acordo com o IstoÉ Dinheiro, se tornar um microempreendedor individual atualmente é uma saída comum para milhares de desempregados para ter alguma renda no período em que a desocupação no Brasil alcança taxas elevadas. Dos três milhões de negócios abertas todos os anos no Brasil, hoje em dia são aproximadamente 80 mil MEIs.

Os microempreendedores destinados para o comércio foram os que mais cresceram neste momento, com 10,8% passando a cuidar de negócios maiores, conforme a pesquisa. É um número que está acima da média (9,1%). A mobilidade dos empreendedores relacionados à indústria, a atividade rural e serviços foi menor.

Vendas virtuais aumentaram entre os microempreendedores

Com as medidas restritivas vinculadas aos estabelecimentos comerciais, as vendas virtuais cresceram consideravelmente. “Na pandemia, os brasileiros passaram a consumir mais produtos do que serviços”, observou Rabi. Além disso, a prestação de serviços é pequena no online.

Vendas virtuais ajudam na manutenção de negócios em meio a pandemia
Foto: Agencia Brasil

Vale salientar que uma pesquisa recente da consultoria para analisar a influência da pandemia nas micro, pequenas e médias empresas, mostrou que 73,4% desses empreendedores vendiam ou começaram a vender produtos online, com focado para as mídias sociais WhatsApp (72%), Instagram (44%), Facebook (36,7%) – e shoppings virtuais ou marketplaces (24,7%).

Entre os meses de março de 2020 e abril de 2021, 2,5% dos MEIs que realizavam a venda de produtos no marketplace da Magazine Luiza, por exemplo, subiraram a marca de 81 mil reais por anos. Sendo assim, essa parcela abandonou a faixa de MEIs e se transformaram em pequenas empresas.

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