O índice de rejeição de transferência e pagamentos por meio do Pix está entre 6,5% e 6,7%, depois de alcançar 9% no primeiro dia de operação no dia 16 de novembro. A informação foi divulgada pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que participou de evento virtual organizado pelo Itaú BBA.
Campos Neto destacou que essa média de rejeição ficou perto das transferências realizadas por DOC, que é de 5%. Ele argumentou que a rejeição ocorre porque há colocação de informações erradas, como o número do CPF e indicou ainda que algumas tentativas de encontrar uma chave fazem o sistema cair, como uma forma de segurança.
Vantagens do Pix
Conforme Neto, dá para efetuar transferência ou pagamento sem uma chave, colocando as informações da maneira que o cliente bancário realizada quando encaminha um DOC. Só que o processo é muito mais ágil com a chave e existe uma diminuição da possibilidade de falha.
“Entendemos que é um processo que vai avançar bastante nos próximos dias. Isso tende a melhorar à medida que as pessoas cadastrem mais chaves, os negócios usem mais chaves”, disse.
O presidente do Banco Central afirmou que o sistema de liquidação do PIX não está apresentado problemas e possui capacidade para mais operações do que a quantidade que está sendo realizada nos últimos dias.
Produção de dados
Além disso, Campos Neto frisou que hoje em da “grande ativo do sistema financeiro é o controle de dados”, ao tratar da implementação do open banking (compartilhamento de dados e serviços bancários, com liberação dos clientes, entre instituições financeiras por meio da integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia), no país.
Vale salientar que o BC apoio a implementação do open banking por dar mais chances para que os cliente achem serviços mais benefícios. Campos Neto também frisou que a geração de dados é um valor que não está sendo precificado e nem tributado.
“Dados têm valor no atingimento de metas das empresas. Quando você compra um guindaste para fazer uma obra ou compra um terreno para plantar, qualquer ativo que ajude uma empresa na produção e no resultado, você paga imposto. Quando produz dados, você não paga imposto”, afirmou.
Segundo Campos Neto, a “corrida do ouro” está em uma etapa de “verticalização”, com a concentração de dados, pagamentos e vendas em uma única empresa.
“A mesma empresa é capaz de fazer a propaganda, vender, fazer o pagamento e avaliar o que o cliente achou do produto. Ainda temos o armazenamento em nuvem, que está 80% concentrado nas mãos de quatro empresas. Se o armazenamento também entra na cadeia, você tem um sistema fechado e impenetrável, acho que essa é a corrida”, disse.