Com a pandemia do novo coronavírus, muitos profissionais que atuavam nos tradicionais escritórios corporativos precisaram se adequar para uma produção na frente de uma tela. O home office, que surgiu como uma alternativa emergencial, diante das medidas de isolamento social no Brasil e ao redor do mundo virou uma opção vantajosa para muitos negócios.
E, hoje em dia, começa a se fortalecer uma nova tendência: a mudança do local de trabalho. De acordo com os especialistas, os empreendedores passaram a compreender que podem contar com pessoas que estão em São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Paris, Nova Iorque, Tóquio ou qualquer outro lugar do planeta!
Isso significa que as empresas, lojas e marcas entenderam que o acesso a talentos se tornou algo global com a utilização das ferramentas tecnológicas. A pessoa pode realizar uma série de atividades independentemente de onde estiver. Esse pensamento era inviável até pouquíssimo tempo.
No território nacional, cerca de 8,6 milhões de profissionais estão atuando em sistema de home office, conforme as informações divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Só que será que o serviço não se torna monótono realizado dentro um ambiente doméstico? Será que os profissionais genuinamente suportam passar o dia inteiro a frente de uma tela de computador, celular ou tablet? Esse é um tema que demanda avaliações, mas tende a apresentar novidades e adequações a partir das soluções tecnológicas.
Cresce pauta sobre home office nas negociações trabalhistas
Vale salientar que a pauta de home office também registrou um crescimento nas negociações trabalhistas nesse ano de mais de seis vezes em comparação com 2020. O levantamento, divulgado é da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), feito com base em dados do Ministério da Economia.
Conforme o estudo, o trabalho remoto está presente em 16% das negociações coletivas do ano. A quantidade era de apenas 2,4% em 2019, o que equivale a um crescimento de 6,6 vezes da presença do tópico nas conversas trabalhistas no comparativo de 2020 e 2019, até o mês de setembro.
De acordo com a Fipe, o aumento do home office nos acordos se sucedeu depois do começo da pandemia de covid-19.
Negociações salariais
Conforme a pesquisa, no acumulado do ano até setembro, os profissionais obtiveram um aumento real, isso significa uma ampliação da remuneração mensal acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em 45,9% das negociações coletivas. Em 29,6% delas, o reajuste foi igual ao INPC; e em 24,5%, abaixo do índice.
Em setembro, o piso salarial registrado pelos profissionais nos acordos coletivos foi de R$ 1.300, 24,4% superior ao salário-mínimo nacional, de R$ 1.045.