O sistema de coworking estava apresentando aumento contínuo desde 2015. No ano passado, o modelo contou com alta de 25%, alcançando um total de quase 1500 espaços. Mas, depois do encerramento das diretrizes de distanciamento social, quais serão as tendências para esse estilo de escritórios compartilhados?
Para especialistas do setor, há razões para otimismo, segundo reportagem do Yahoo Finanças. Já que essa é uma alternativa que faz sentido em um momento em que as empresas estão entendo que o homeoffice é uma opção.
Entre os benefícios do sistema, estão a flexibilidade nos locais de trabalhos e nos acordos, a oferta de serviços e estrutura, a diminuição de despesas em comparação com um escritório comercial e a chance de ampliar o contato com outros profissionais da região.
Todos esses motivos favorecem que para as possibilidades sejam boas para um cenário com a pandemia controlada no Brasil e no mundo. Isso porque deve existir um novo público, que são as companhias que nem pensavam na hipótese de não contar com uma sede própria, só que em função das despesas e da crise financeira, serão forçados a testar alternativas mais viáveis.
Desta maneira, os empresários tendem a avaliar com mais cuidado antes de fechar contratos longos com escritórios e outras instalações, priorizando planos mais acessíveis e que se adequem as mudanças recentes no mercado de trabalho.
Retomada do mercado de coworking
Ao longo da etapa de distanciamento social, boa parte dos espaços dedicados aos coworking necessitou interromper os seus trabalhos, só que a flexibilização das medidas em determinadas regiões, oportunizou a retomada desse segmento.
De acordo com plataformas da área, a procura por esses espaços aumentou mais de 50% ainda nos primeiros dias de reabertura em comparação com o mês abertura. Depois da pandemia do novo coronavírus, as companhias precisarão abraçar novos modelos de trabalho e uma das possibilidades em voga é trabalhar perto de casas (close to home) para reduzir distâncias.
Os especialistas na área já estão notando esse crescimento na demanda. Além disso, há outra possibilidade de negócio que está se apresentando nos últimos meses. Trata-se da localização de alguns espaços que estão ociosos a fim de obter fonte de renda.
Se o futuro se mostra promissor para o mercado de coworking, é importante frisar que talvez nem todos os profissionais envolvidos tenham capacidades para tirar proveito de todas as oportunidades. Como acontece com outros setores da economia, a área foi bastante impactada pela pandemia e há empreendimentos em situação vulnerável.
De acordo com um estudo da Coworking Brasil.Org realizado no mês de abril, 30% das empresas da área contavam com apenas um mês ou menos de caixa disponível.
Além disso, muitos empresários necessitaram investir em adequações para a estrutura interna dos escritórios para oferecer distanciamento apropriado, sinalização para todos os presentes e compra de itens de higienização. Por tudo, a adaptação e a criatividade tendem a ser palavras de ordem para esse modelo de negócio a curto e médio prazo.