Inúmeras empresas ao redor do mundo estão repensando seus espaços de escritórios depois de um ano em que mais pessoas do que nunca trabalharam remotamente. Muitos chefes estão buscando espaços de coworking para ideias à medida que as vacinações contra a COVID-19 aumentam no Brasil e em outros países começam gradativamente a aumentar.

Por isso, os espaços de coworking, populares entre startups de tecnologia, freelancers e empreendedores autônomos, normalmente oferecem flexibilidade para trabalhar em casa, eventos de networking e planos abertos projetados para encorajar a colaboração.

Agora, as empresas locais estão contratando buscando profissionais para ajudá-los a construir locais de trabalho mais atraentes e reintroduzir os funcionários para os dias de trabalho presenciais. Entre as contratações está Christopher Holt, cofundador da TechArtista, que possui quatro espaços de trabalho na área.

“[Os gerentes que] normalmente se veem tendo que se preocupar apenas com a fisicalidade de um escritório agora estão tentando descobrir como adicionar forças mais atraentes, como eventos e programação ou coisas assim para incentivar as pessoas a quererem voltar um pouco mais”, declarou Christopher Holt em entrevista ao portal Stlpublicradio.

Algumas empresas também pagaram por associações para que seus funcionários possam ter acesso a oportunidades de networking e eventos, disse ele. O crescente interesse local em espaços de coworking surge à medida que mais empresas em todo o país permitem que os funcionários optem pelo trabalho em sistema remoto ou pessoal.

Exemplos de empresas

A Square ganhou as manchetes em 2020 quando anunciou que os trabalhadores poderiam optar por trabalhar permanentemente em casa. A empresa de pagamentos móveis assinou um contrato de arrendamento de 15 anos para um antigo escritório do St. Louis Post-Dispatch no centro da cidade apenas um ano antes.

Um porta-voz da Square disse que a empresa não planeja sublocar seu novo escritório e espera transferir funcionários que optarem por trabalhar pessoalmente ainda este ano.

Reduzir o espaço do escritório é uma grande decisão – uma decisão que muitos chefes ainda não estão prontos para tomar. “Você não quer se livrar de um contrato de aluguel de vários anos e depois descobrir em um ano que as pessoas realmente querem voltar ao escritório”, disse Holt.

Por exemplo, o metrô de St. Louis tem atualmente um enorme espaço de escritórios vagos, de acordo com a Avison Young, uma imobiliária comercial. Essa é a maior taxa de vacância de escritórios na área desde 2015. Em 2019, a região já contava com uma quantidade relevante de locais desocupados.

Muitas empresas estão sublocando partes de seus escritórios para outras empresas para obter uma receita adicional, em vez de reduzir completamente, disse Brian Kelley, diretor administrativo do escritório de uma empresa em St. Louis.

Expectativa para o mercado de coworking

No futuro, a cultura do escritório é um pouco incerta, Mas uma coisa de que os especialistas certeza é que os trabalhadores vão querer um local de trabalho físico para se conectar, mesmo que seja em um espaço menor do que antes.

A tendência é que o setor de coworking entre em um momento de crescimento nos próximos anos, uma vez que as pessoas desejarão – em um momento seguro nos seus respectivos países – voltar para um ambiente presencial e não se limitar apenas as suas residências.