Um estudo feito pela plataforma de busca e comparação de programa Capterra apontou que mais de 60% dos consumidores não conhecem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mesmo que a medida já esteja em vigor. Além disso, cerca de 72% das pessoas ouvidas, as companhias não estão prontas para dar conta das demandas da clientela conforme a lei.
Ainda que pouco familiarizada com o tema, aponta a pesquisa, boa parte das pessoas ouvidas acha que a aplicação das novas medidas para coleta e tratamento dos dados pessoais, como o nome, identidade e CPF, será difícil, o que não é algo novo.
Segundo outro levantamento divulgado pela Capterra no mês de março, 25% das pequenas e médias empresas (PMEs) não conheciam a LGPD.
Ainda conforme a pesquisa, hoje em dia, o questionamento dos consumidores sobre o tópico é relativamente pequeno, porque somente 30% dos entrevistados alegaram que já entraram em contato com alguma companhia por pautas referentes as informações pessoais, boa parte antes da vigência da medida.
“Os números da pesquisa evidenciam um consumidor ainda pouco atento ao valor dos dados que fornece às empresas. Quando introduzidos aos conceitos da LGPD, no entanto, os entrevistados se mostram interessados em cuidar e vigiar mais de perto as informações que fornecem”, destacou Lucca Rossi, analista responsável pelo levantamento, ao TecMundo.
Consumidores receberam a LGPD com otimismo
A lista de obrigações definidas pela LGPD engloba a obrigatoriedade de empreendimentos confirmarem aos seus usuários que as suas informações estão sendo usadas, facilitar o acesso aos dados e oportunizarem as exclusões solicitadas.
Desta maneira, boa parte dos consumidores imagina que as novas medidas elevarão a conscientização relacionada a manipulação e uso irregular de suas informações. Além disso, a lei de dados concede um pouco de otimismo em relação ao posicionamento das companhia para com os clientes.
Porque boa parte dos brasileiros deseja ter mais atenção nesse tema a partir da entrada em vigor com a LGPD. Ou seja, 84% confiam que as empresas começarão a trabalhar as informações com mais cautela, ética e responsabilidade.